domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ártico desaparece dentro de duas décadas

"O Ártico tal como é conhecido hoje vai deixar de existir dentro de duas décadas, devido ao aquecimento global que pode fazer aumentar a temperatura na região até 7ºC até meados deste século, segundo especialistas citados pela Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, "o atestado de óbito do Ártico está assinado", observando-se já todos os anos uma reacção em cadeia, que de acordo com especialistas em ciência polar reunidos em Chicago, EUA, não deverá tratar-se de "um mero ciclo passageiro".
"Teremos um Verão sem gelo no Ártico em 2030 ou antes disso", calculou um especialista da Universidade de Colorado, que falava no âmbito da 175ª Reunião Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
O especialista referiu que "com menos gelo, a preocupação com uma certa ocupação da região ártica também deve aumentar", prevendo ainda que "pode aumentar não apenas a navegação em toda a área, como a exploração de petróleo".
"Todo cuidado é importante, porque o Ártico está mais quente em todas as estações do ano, não apenas no Verão. Já temos problema de erosão costeira em algumas zonas. Sem gelo, o vento movimenta mais a água", disse o cientista.
Para o especialista, acrescenta a Folha de S. Paulo, a mudança de comportamento registada em todo o Ártico é "tão crítica, que o ciclo de carbono também pode ser drasticamente alterado", pois com o calor, a tendência é para que toda a matéria orgânica congelada no solo do Ártico liberte carbono para a atmosfera, acrescentou outro cientista".

In Expresso.pt Domingo,15/02/2009

1 comentário:

Rui Valdiviesso disse...

Tenho que me apressar quando abrir a temporada de caça da foca bebé! Qualquer dia quilo desaparece e lá se vai o divertimento.

Fora de brincadeiras, temos mesmo que apostar na conservação da natureza. eu diria mais: só com conservação já não vamos lá. Temos mesmo que melhorar os ecossistemas. Temos que plantar árvores e criar sucessões ecológicas onde as exterminámos. Temos que diminuir a poluição, não só os gases de efeito de estufa, como também todos os outros poluentes, como os metais pesados, por exemplo. Temos que começar a arranjar maneira de controlar a nossa demografia, pois o crescimento desmedido da humanidade está a arrasar com o planeta.
Há muito para fazer!